Grupo 2: RJTV
Membros: José Ricardo Bernadi, Renata Oliveira Passone da Silva, Tamiris Helena Doratiotto Baldo, Vagner Henrique Ferraz
Turma 1000 - Noturno
I. Plano de Aula:
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II. Dados de Identificação:
Disciplina:História Moderna
Série: Ensino Médio
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III. Tema:
- Artistas e
intelectuais do Antigo Regime
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IV. Objetivos:
Objetivo geral:
- Discutir sobre o papel dos
artistas e intelectuais no Antigo Regime.
Objetivos
específicos:
- Mostrar a
relação exercida entre o governo e os intelectuais no período;
- Expor as
práticas de patrocínio de escritores e artistas pelo governo;
-
Relacionar os escritores bem sucedidos com o grupo de escritures subalternos;
-
Possibilitar que o aluno compreenda através da analise dos documentos os
conceitos de cidadania e democracia;
- Desenvolver
a noção de tempo histórico ao relacionar diferentes temporalidades.
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V. Conteúdo:
- Barroco e o antigo regime;
- Neoclassicismo e o antigo
regime;
- O iluminismo e a Revolução
Francesa.
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VI. Desenvolvimento do tema:
Baseados no
conceito de aula oficina de Isabel Barca, utilizamos o trabalho com o documento
histórico para fomentar questões pertinentes ao tema e trabalhamos também com
o conhecimento prévio do aluno, construído em seu cotidiano, ao considerar sua
opinião sobre o tempo presente, relacionando temas passados com
acontecimentos atuais e assim criando bases para que o aluno tenha a
percepção de tempo e múltiplas temporalidades.
No século
XVIII o governo do antigo regime ainda mantinha sob sua tutela parte dos
grandes intelectuais da frança, porém a relação não era a do mecenato como no
renascimento, onde os artistas vendiam seus trabalhos para sobreviver, e/ou
trabalhavam para o governo a fim de exaltar a imagem destes. No antigo regime
principalmente os escritores conseguiam suas rendas de outras maneiras. A
venda de livros não era o que gerava lucros, mas sim as pensões recebidas do
governo ou de membros da realeza que simpatizavam com os autores. Para se dar
bem nesse mundo das letras na cidade de Paris era necessário ser apresentável
e ter os contatos certos. Darnton (1987, pag.15) cita o caso de um escritor
chamado Jean Baptiste Antoine Suard, que era um rapaz que vivia em uma
província da frança e aos vinte anos viaja para paris. O rapaz possuía três
virtudes importantes: boa aparência, boas maneiras e um tio parisiense, além
de cartas de apresentação. Com as ferramentas certas e certo talento
conseguir-se-ia adentrar no fechado circulo das belas letras de paris. As
pensões sustentavam aqueles que tinham uma opinião favorável ao governo, que
era quem os pagava. O principal representante desse
circulo de literatos foi François Marie Arouet, conhecido também por
Voltaire. Este criticava a tentativa de centenas de jovens escritores e
poetas que tentavam ingressar nesse mundo das letras, classificando-os como
subliteratos.
Paris nesse
periodo era um grande chamariz para novos escritores que procuravam ascensão
na vida. Ao chegar a tal cidade percebem que não são os únicos, mas que há um
grande contingente de jovens que buscam o mesmo objetivo e pouquíssimos deles
conseguem atingi-lo. A partir disso um grande grupo começa a emergir no underground contrapondo-se com o le monde, escritores que ascendiam
finaceiramente. Neste meio subalterno cresce uma indignação e revolta. Há
produção de literatura considerada proibida e uma busca por sobrevivência.
Darnton coloca que a palavra que sempre esta presente nas causas da revolução
francesa é privilégio. No meio literário não foi diferente. Os que recebiam
pensão do Estado não se opunham a ele, mas os que estavam a parte do le monde se revoltam contra o mesmo.
Os encontros dessas pessoas envolvidas no submundo da literatura eram em
cafés, e nesses locais iniciam-se organizações próprias. Pode-se dizer,
portanto que essa é uma relação que pode ser estabelecida entre o Iluminismo
e a Revolução Francesa.
O conteúdo trabalhado
de tal forma atende os objetivos dos PCNs, cidadania, democracia e tempo.
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VII. Recursos didáticos:
- Recursos educacionais abertos, acessíveis via internet;
- Biblioteca Nacional da França.
- Youtube
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VIII. Avaliação:
Analise dos documentos
propostos.
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XIX. Bibliografia:
BARCA, Isabel. Aula Oficina: do projeto à avaliação. IN: Para uma educação de qualidade: Atas da quarta jornada de Educação
Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação (CIED) / Instituto
de educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131-144.
DARNTON, Robert. O Alto Iluminismo e os subliterados.
In: Boemia literária e revolução: o submundo das letras no Antigo Regime.
São Paulo: Companhia das letras, 1987.
TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e
Revolução. São Paulo: Editora NMF – Martins Fonte, 2009.
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa e
seu eco. Estudos Avançados. Vol. 3, n06. São Paulo, Maio/ Agosto,1989
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As artes e o Ancien Régime (Antigo Regime)
Olá
novamente! Na aula anterior vimos um
pouco do que foi o renascimento com os mecenas e os artistas. Hoje vamos
aprender um pouco sobre um evento muito importante na historia, pois marca o
que chamamos comumente de “o inicio da era contemporânea”. Mas por que ela foi
tão importante?
As pessoas
envolvidas nessa revolta e o resultado dela trouxeram novas maneiras de ver o
mundo e enxergar o ser humano, assim como no renascimento, onde a maneira de
ver o mundo diferiu da idade media. Foi chamada de revolta popular, pois a
população, principalmente aqueles que faziam parte de um grupo social chamado terceiro
estado se viraram contra o primeiro e o segundo estados, que eram constituídos pela
nobreza e pelo alto clero(membros da igreja). Na época as condições de vida eram
um tanto severas para o terceiro estado que tinha que sustentar através de inúmeros
impostos a nobreza. Na época surgiram varias charges sobre o fardo do povo que já
estava cansado de carregá-lo.
Em vários setores a
indignação era grande. Privilégios eram dados para aqueles que possuíam influencias
e contatos ligados aos funcionários públicos. Um exemplo é o que ocorria na área
das belas letras e dos intelectuais. Como visto anteriormente no renascimento,
alguns governantes e pessoas influentes pagavam os artistas (mecenato) para
pintarem retratos e fazerem bustos e esculturas em mármore para aumentar a
exaltação em torno do individuo. Na frança do século XVIII o governo também pagava
algumas pessoas para falar bem do rei e da administração. Porem o caso não era
exatamente como no Renascimento. Na frança algumas pessoas que possuíam certa influencia,
possuíssem bons modos e conhecessem os contatos certos tinha grandes chances de
entrar para restrito circulo intelectual. Nessa época não se ganhava a vida
através das obras produzidas, mas sim de pensões concedidas pelo governo e por
membros da nobreza, que mantinham esses intelectuais por perto para exaltá-los.
Porem o sonho de alcançar esse posto na sociedade não era de poucos, e muitos
jovens poetas e escritores se aventuravam por Paris nos meados de 1700 em busca
do tão almejado objetivo. Mas como o privilégio só era concedido a uns poucos
que possuíam conhecidos, os sonhos se esvaiam rápido e os jovens acabavam na
sarjeta ou se reunindo nos cafés pela cidade, ao contrario dos intelectuais que
se reuniam nos luxuosos salões da corte. A indignação tomava conta daqueles que
não conseguiam os benefícios. Pelas ruas os panfletos contra a monarquia
corriam soltos juntamente com a censura que os proibiam. Leis eram
estabelecidas para punir tanto quem distribuía quanto quem produzia material da
censura. Esse juntamente com muitos outros motivos que vimos acima impulsionaram
a tomada da bastilha (a prisão dos criminosos).
Atividade:
Observe a charge
abaixo. Agora a analise segundo o contexto histórico em esta inserida.
·
A que grupos se referem os personagens
representados na imagem?
·
O que essa figura representa?
·
O autor dessa imagem estava a favor dos
governantes ou contra?
·
Você acha que esse tipo de coisa
acontece na sociedade hoje, cite exemplos.
Figura 1. O CONTRIBUINTE. Anônimo do Século XVIII. Biblioteca
Francesa.
·
Quais relações pode-se estabelecer entre
esta charge e seu contexto histórico com os acontecimentos do presente e a imagem
abaixo?
Figura 2 Essa imagem trate-se de uma releitura da imagem
original produzida no século XVIII que representa a queda da bastilha durante a revolução francesa
Para saber mais:
·
Documentário The French Revolution, produzido pelo canal
History Channel
·
Filme: Danton – O Processo da Revolução (Dir.
Andrzej Wadja, 1982) Online, dividido em três partes:
·
Filme Maria Antonieta (Dir. Sofia Coppola, 2006)
·
Contexto artístico do século XVIII
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