INTRODUÇÃO
As aulas do Grupo ARS
(Aline, Regina e Sílvia) tem o intuito de trazer para a discussão a questão da inserção
dos artistas nas obras do Renascimento (questão do individualismo); serão
elaboradas 3 aulas com essa finalidade, sendo 2 aulas com conteúdo e uma
reservada para atividades. Em um segundo momento, estudaremos um pouco sobre a
Revolução Francesa, a questão da ampliação da cidadania a um conjunto maior de
indivíduos; este tema será tratado em duas aulas e a terceira aula será reservada, também,
para atividades.
PLANO DE AULA
Tópicos de História Moderna
Profª Drª: Maria
Renata Da Cruz Duran
Alunas: Regina Meireles, Silvia
Domingos, Aline Furtunato.
Turno: Noturno
Plano de Aula
1) Recorte das aulas:
Tema 1: A inserção dos artistas nas
obras do Renascimento: A questão do individualismo.
Tema 2: Revolução e cidadania.
2)
Fontes:
Conforme Peter Burke, no Renascimento, diferentemente na
época Contemporânea, os artistas agiam dentro de certos limites a eles
impostos. O documentário “A Catedral de Florença” aponta que os artistas
imprimiam nas suas artes suas marcas e sua expressão, chegando a se auto
retratar. Esse individualismo artístico estava inserido num contexto social de
mudança, no qual, apesar de possuir elementos únicos para cada artista,
representava uma contraposição a arte medieval e ao seus valores. Já em relação
a Revolução Francesa, o conceito de cidadão será mais valorizado pois, a partir da crença na capacidade humana e na
possibilidade de mudanças que a Revolução Francesa eclodirá no século XVIII,
revolucionando a sociedade, quebrando com antigas divisões sociais e
estabelecendo uma nova situação para a França e para o mundo. Esse tema será abordado a partir do pensamento de Alexis Tocqueville em
"O Antigo Regime e a Revolução".
3) Fontes imagéticas de:
Tema 1: Artistas do Renascimento. As
obras principais a serem abordas serão de Leonardo da Vinci disponíveis em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci
Tema 2: Imagens elucidando as
causas da Revolução.
http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
4) Previsão de aulas ministradas:
Previsão de 3 aulas
de 2 horas para o primeiro tema "A inserção dos artistas nas obras do
Renascimento: A questão do individualismo" ministradas para turmas de
aproximadamente 14 anos do 8 ano. Previsão de 3 aulas também para a aula 2 com
tema "Revolução e cidadania" para as mesmas turmas.
5) Para quê?
Como uma das metas do PCN é trabalhar com a questão
da cidadania, “posicionando-se diante dos fatos presentes a partir da
interpretação de suas relações com o passado” (PCN, p.136, 2006), acreditamos
ser necessário abordar com os alunos outras temporalidades que, neste caso, é a
sociedade italiana do Renascimento, suas manifestações artísticas inseridas num
contexto social específico. Na sociedade italiana do século XVI, é cunhado aos
poucos o cidadão ideal, cujo esforço individual pode leva-lo ao êxito e a
perfeição; há o surgimento, tímido ainda, da razão transformadora. É nesse
sentido que pretendemos trabalhar com as imagens do renascimento. Já em relação
ao tema 2, a partir da obra de Tocqueville, que para o autor "Distantes da
Revolução o bastante para sentirmos apenas francamente as paixões que turvavam
a visão dos que a fizeram, estamos bastante próximos dela para podermos entrar
no espírito que a conduziu e para compreende-lo. Em breve isso ficará difícil,
pois as grandes revoluções que são bem sucedidas, fazendo desaparecer as causas
que as produziram, tornam-se assim incompreensíveis justamente por causa de seu
sucesso." (TOCQUEVILLE, p.07,2009) Trabalharemos a questão da cidadania
principalmente pensando no papel do cidadão francês na sociedade naquele período,
e como foi a participação desse cidadão e as causas que geraram o surgimento
dessa Revolução.
6) Recursos:
Tema 1: Será
trabalhado com imagens de Leonardo da Vinci e um trecho do documentário “A
Catedral de Florença” se for possível estar em posse do documentário, caso
contrário, será utilizado vídeos sobre o Renascimento retirados do Youtube.
Tema 2: Será
trabalhado com imagens representando as causas da Revolução, retiradas de blogs
sobre o tema e pelo wikipédia.
7) Suporte:
O suporte será um
blog principal, no qual, será disponibilizado o conteúdo das aulas, será
utilizado blogs com temas da aula, na busca de imagens etc, também utilizaremos
celulares para responder um questionário disponível via internet.
8) Avaliação:
As avaliações serão feitas a partir de trabalhos
com análise de imagem feita em sala junto aos alunos, produção de uma
redação sobre o que eles podem identificar a partir das imagens a luz do que
foi trabalhado em sala de aula, pesquisa sobre as influências que proporcionaram a Revolução
Francesa e as mudanças ocorridas na França pós Revolução e por fim os
alunos deverão responder via SMS um questionário sobre as aulas ministradas que
estará disponível via internet. As questões do questionário serão retiradas do
banco de questões de História do portal http://professor.bio.br,
com questões de vestibular, para que os alunos já possam estar em contato com
esse tipo de avaliação.
Bibliografia:
Parâmetros Curriculares Nacionais, 2006.
BURKE,
Peter. Renascimento Italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova
Alexandria, 1999.
TOQUEVILLE,
Alexis de. O antigo Regime e a Revolução. São Paulo: Editora WMF -Martins
Fontes,2009.
PELLEGRINI, M.C. Vontade de saber História. São
Paulo: FTD, 2009.
DOMINGUES, J.E. História em Documento: imagem e
texto. São Paulo: FTD,2010.
Sites:
http://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/03/arte-na-idade-media.html
http://pnspscohab.blogspot.com.br/2013/03/a-virgem-da-paixao.html
http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Para o questionário:
http://professor.bio.br/historia/search.asp?search=renascimento&submit.x=-360&submit.y=-558&submit=Buscar+quest%F5es
http://professor.bio.br/historia/search.asp?search=O+Antigo+Regime+e+a+Revolu%E7%E3o+Francesa
AULAS RENASCIMENTO
1) Olá,
galerinha! Vamos iniciar nossas atividades apresentando para vocês um pouquinho
sobre o Renascimento. Nessa primeira aula, vamos assistir um vídeo que aborda
as artes desse período e a questão do individualismo nascente.
Conforme o historiador Peter Burke, no Renascimento,
diferentemente da época Contemporânea, os artistas agiam dentro de certos
limites a eles impostos; todavia, não deixavam de imprimir em suas artes
expressões individuais, sendo que essas expressões estavam inseridas num
contexto social de mudança, em que antigos valores e padrões medievais ditados
pelo sistema religioso eram postos de lado. Nesse sentido, surge o homem
renascentista que quebra, em parte, com essa tradição. Embora as artes ainda
sejam voltadas preponderantemente para temáticas religiosas, há a
apropriação dos modelos da Antiguidade clássica que dão corpo às suas ideias.
Retirado do
site: http://www.youtube.com/watch?v=slOvjQi-Lps
Como o vídeo apresenta, a Itália não existia como
"[...] uma unidade social nem cultural, embora o conceito de Itália
existisse [...]". Isso quer dizer que nessa sociedade as cidades se
organizavam de forma autônoma, ou seja, cada cidade tinha uma organização
político-administrativa independente das demais. Dentre essas cidades,
destacam-se Gênova, Veneza e Florença. Foram estas cidades que desempenharam a
liderança na revolução comercial. Essa revolução favoreceu o surgimento de uma
transformação cultural que, embora empregasse modelos antigos (baseados na
Antiguidade Clássica), expressava a incorporação do individualismo nas artes.
2) Renascimento- Uma
arte renovada
Segundo o historiador Peter Burke, o objetivo de estudar o Renascimento é colocar as artes (pintura, escultura, música, literatura) em seu ambiente original, ou seja, a sociedade italiana daquele tempo. Para isso, esse nosso autor cita características das artes nesse momento.
Como já vimos na
aula 1, os artistas desse período denominado Renascimento romperam com a arte
medieval utilizando novas técnicas e um novo estilo. No entanto, não se pode
pensar que os artistas romperam com o passado, pois é nele que se busca
inspiração para esse novo modelo, por isso Burke não utiliza o termo
“florescimento cultural”, mas o autor propõe investigar a inovação dessa arte
Renovada. Exemplo dessa inovação:
A Virgem da Paixão
Retirado de: http://pnspscohab.blogspot.com.br/2013/03/a-virgem-da-paixao.html
Dentre as novas
características que passaram a reger as artes renascentistas encontram-se o
individualismo que se pautava na ideia de que cada um é responsável pela
condução da sua vida e essa característica do homem renascentista estava ligada
a seu estilo de produção nas artes, seja este artista pintor, escultor,
músico.
Um dos maiores
artistas da Renascença foi Miguel Ângelo, pintor e escultor; este não tinha
pressa em acabar sua estátuas, levava a trabalhar nelas o tempo que fosse
preciso, até satisfazer a si próprio, mas também quando finalizava sua obra era
grande admiração de todos.
David (Michelangelo)
Retirado: http://pt.wikipedia.org/wiki/David_(Michelangelo)
Este artista
esculpia diretamente no mármore, pois para ele, quando trabalhava, dava ideia
de que tinha dentro do mármore uma figura e ele ia descascando a pedra até
deixar essa figura a mostra. O individualismo do artista renascentista
procurava se expressar em antítese do coletivismo da sociedade feudal (retratada
nas obras de artes desse período), por isso é tão comum a presença de
personagens individuais nas obras desses artistas do renascimento.
Este individualismo
renascentista se caracterizava na afirmação do artista como criador individual
de sua obra de arte, sendo assim, esse artista podia assinar suas obras o que
tornava-os reconhecidos.
Com essa aula
aprendemos que a obra de arte o Renascimento é diferente daquela produzida na
Idade Média, pois era produzida em estilo pessoal. É importante destacar que
neste período tanto os artistas como o público consumidor dessa arte, estavam
interessados em estilos individuais. Segundo Peter Burke, aos pintores dessa
nova arte ficava o conselho de buscar um bom estilo que fosse ideal para os
artistas, também era propagado a ideia de ser perfeito neste próprio estilo.
3) ATIVIDADE
Recapitulando:
Vale a pena lembrar
que a arte na Idade Média era voltada para temas religiosos. Como podemos ler
no blog da Fabiana: "Durante a idade
medieval (séculos V-XIV) a arte se caracterizou pela integração da pintura,
escultura e arquitetura. Nesse período, a igreja católica exerceu forte
controle sobre a produção científica e cultural concretizando uma ligação entre
a produção artística com o cristianismo. Isto proporcionou a predominância dos
temas religiosos nas artes plásticas, na literatura, na música, na arquitetura
e no teatro. O imaginário dessa época esteve sempre voltado para o teocentrismo
(Deus como centro de tudo).
As
artes que mais se destacaram na Idade Média foram as artes plásticas:
arquitetura, pintura e escultura. Suas principais realizações foram as igrejas,
podendo-se distinguir, nelas, dois estilos básicos: o românico e gótico."
Retirado do site: http://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/03/arte-na-idade-media.html
Imagem1:
Imagem retirada do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci
Falamos um pouco
dessa arte medieval para servir de contraponto (comparação) com a arte
Renascentista; esta arte desloca a posição de Deus e este passa a ser visto a
partir da perspectiva do homem.
Na sociedade italiana
do século XVI, é cunhado aos poucos o cidadão ideal, cujo esforço individual
pode leva-lo ao êxito e a perfeição; há o surgimento, tímido ainda, da razão
transformadora. É nesse sentido que trabalharemos alguns artistas do
renascimento, lembrando que essa seleção é apenas uma das possíveis e que
existiram outros artistas fora os aqui apresentados.
1) De acordo com as
aulas anteriormente dadas, destaque nas imagens a seguir elementos de transição
da arte medieval para a arte Renascentista e discorra de que forma essas artes
são a expressão da mudança de mentalidade da época, que passa do teocentrismo
para o antropocentrismo.
Imagens retiradas do
site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci
AULAS REVOLUÇÃO FRANCESA
Revolução e Cidadania
1) Como
abordado na aula 2 sobre o Renascimento, o cidadão que surgirá após a Revolução
Francesa será cunhado desde o século XVI, quando o individualismo surge no seio
da comunidade, deslocando a posição de Deus e colocando no lugar deste o ser humano
e sua nova crença: a razão.
É a partir da crença
na capacidade humana e na possibilidade de mudanças que a Revolução Francesa
eclodirá no século XVIII, revolucionando a sociedade, quebrando com antigas
divisões sociais e estabelecendo uma nova situação para a França e para o
mundo.
Nessa aula iremos
trabalhar a Revolução Francesa a partir de Tocqueville. Nascido 16 anos após a
Revolução Francesa, em Paris no dia 29 de Julho de 1805, Alexis Charles Henri
Maurice Clérel de Tocqueville, viveu o período pós Revolução Francesa. A sua
infância transcorreu sobre as vicissitudes de Napoleão Bonaparte. Tocqueville
assistiu à restauração da monarquia sob Luís XVIII e Carlos X e a subsequente
derrubada por Luís Felipe. Quase 11 anos antes de sua morte, Tocqueville presenciou
a Revolução de 1848 e a Segunda República com Luís Napoleão presidente,
assistindo também o golpe de Estado no qual, Napoleão se fez Napoleão III, morrendo
em Cannes em 16 de Abril de 1859. Essas informações se tornam importantes para
compreender suas obras.
De acordo com
Tocqueville, que utilizou uma vasta documentação sobre o Antigo Regime como,
por exemplo, cadernos de queixas, livros, arquivos públicos, etc., para
visualizar as reivindicações, posições e desejos dos diferentes sujeitos
sociais da França, a Revolução Francesa foi possível devido à mentalidade da
época e ao enfraquecimento de antigas instituições.
Para o autor acima,
houve duas causas principais da Revolução, sendo uma delas a filosofia do
século XVIII, que legou um novo corpo de crenças sobre a ordem social e seu
funcionamento (crença na igualdade natural entre os homens, abolição dos
privilégios de castas, classes, profissões, soberania do povo, etc) e combateu
os privilégios religiosos e o poder deste no seio da sociedade.
Para Tocqueville, a
Revolução Francesa teve as mesmas características de uma revolução religiosa,
porque utilizou dos mesmos mecanismos, tais como: a expansão para longe e
a penetração pela pregação e pela propaganda:
"A Revolução Francesa é portanto uma revolução política que operou à
maneira e em certo sentido assumiu o aspecto de uma revolução religiosa. Vede
quais traços particulares e característicos completam sua semelhança com estas:
não apenas se espalha para longe, como elas; também penetra pela pregação e
pela propaganda. Uma revolução política que inspira o proselitismo; que os
franceses pregam tão ardorosamente para os estrangeiros quanto realizam com
paixão em seu próprio pais [...]" (TOCQUEVILLE, p.14, 2009)
Pensando no que foi
dito acima, podemos entender os investimentos da época em pinturas com novos
discursos, tirando do centro das mesmas as referências ao poder absoluto do rei
e a religião. Ver a pintura a seguir:
O Rapto das Sabinas, porJacques-Louis David, entre 1796 e 1799, óleo sobre tela, 330 × 425 cm,Louvre, Paris.
Retirado do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_neoclassicismo
Ainda no site acima podemos ver a
explicação dessa mudança
"As alterações políticas da época, nomeadamente o
término do absolutismo e
a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o
passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge
com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas
artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as
cenas religiosas para
dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma
Antiga), temas do cotidiano e
ainda mitológicos."
2) Caro aluno
navegante, é importante ressaltar que esta aula deve-se articular com o estudo
da revolução francesa em si, não é o objetivo desta aula expor todo o conteúdo
da Revolução Francesa, pois não nos ateremos em trabalha-la como um todo, mas
estudar o pensamento de Alex Tocqueville sobre a mesma em sua obra “O Antigo
Regime”.
O Antigo Regime
É importante
compreender que esta obra “O Antigo Regime” é um livro de Tocqueville publicado
em 1856, em que o autor analisa a sociedade francesa e investiga as causas e
forças dessa Revolução.
O autor deixa claro
que este livro não é uma história da revolução, mas um estudo sobre a mesma.
Veremos que este estudo proporciona enxergar a revolução como num evento
histórico onde a noção de cidadania é implantada em meio daquela sociedade.
No processo da
construção da cidadania, a revolução francesa teve um papel importante, pois os
17 artigos que compunham a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, que
asseguram uma série de direitos civis (liberdade, segurança, direito a
propriedade etc), é pensada primeiramente nesse evento e perdura até os dias
de hoje.
A começar, em sua
obra o Antigo Regime, Tocqueville afirma que a administração pública era muito
centralizada, muito poderosa e prodigiosamente ativa (Tocqueville p.XVIII).
Para Tocqueville, a Revolução francesa visava destruir as bases feudalistas que
ainda perdurava nessa sociedade, essa era a questão principal da revolução para
este autor, no entanto ainda justifica a revolução a tentativa de centralizar o
poder em Paris, consequentemente o desprezo a outras províncias, e a guerra
contra a Igreja Católica.
"camponês sendo
esmagados pelos impostos e pelo clero na revolução francesa"
Imagem retirada do site: http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html
O centralismo chamado
de despótico concentrado nas mãos dos monarcas absolutistas era a
característica dessa sociedade que ainda era dividida por em Estados, ordens ou
estamentos. Essa demasiada centralização nas mãos do monarca e da nobreza
incita a revolução francesa. Governados em nome de Deus (na verdade o rei
governava em nome dos ricos e da nobreza), os reis franceses detinham enormes
poderes, podiam conceder privilégios a quem quisesse, controlava a justiça e
perseguiam seus opositores.
Sendo assim, o resto
da população não tinha direitos de deliberar nessa sociedade, ficando excluída
de participação, a única forma que estes eram lembrados pelo soberano era na
hora de pagar os pesados impostos que nesse período estavam elevadíssimos
devido à dívidas contraídas pelo estado Frances.
Dentre os monarcas
que mais contraíram dívida destaca-se a figura do rei Luís XIV, que deixou o
reino exaurido em termos financeiros e como consequências ficam os inúmeros
problemas nos reinados de Luis XV e Luis XVI. Em 1787, prestes ao acontecimento
da Revolução a França estava endividada, pois as despesas com as guerras, a
isenção dos impostos fiscais as ordens privilegiadas e os gastos exagerados na
Corte do rei Luís XVI(que para atender aos caprichos da esposa Maria Antonieta
que não media esforços para sustentar lhe os luxos) forma os principais fatores
que contribuíram para a falência do estado.
Execução
de Luís XVI
Imagem retirada do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Os monarcas franceses
se fundamentavam na teoria de que eram escolhidos por direito divino, ou seja,
escolhidos por Deus e se sentiam na liberdade de não prestarem contas de nenhum
de seus atos aos seus súditos o que provocava sobremaneira o
descontentamento da população e dos pensadores, que na época já tinham em mente
um novo sistema político para a França, sendo que o ideal era desmantelar a
monarquia para que esta nova proposta fosse posta em prática, além disso, a
incapacidade de administração política dos monarcas era um problema que tinha
que ser exterminado por uma nova ordem política.
O clima de
insatisfação agravado pela postura política e econômica do Antigo Regime, e a
extrema desigualdade social percebida pelo povo funciona como antecedentes da
Revolução Francesa. Sendo assim, a própria França cria condições para a eclosão
da Revolução realizada pelos desfavorecidos dessa sociedade.
O despertar do terceiro estado
Imagem retirada do
site: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067
Diante dessa
premissa, para Tocqueville a Centralização concentrada nas mãos dos monarcas
franceses foi a principal causa da revolta na população francesa que com a
Revolução clamavam pela participação como cidadãos com direitos na Sociedade. O
fato de não compactuarem politicamente nesse sistema e as pesadas obrigações
tributárias a eles impostas foram as principais causas de que estes rebelassem
contra esse Centralismo e se posicionassem para lutar pelos seus direitos de
cidadania que na Revolução francesa teve o lema “Igualdade, Liberdade e
Fraternidade”.
3) ATIVIDADE
A obra de Tocqueville - O Antigo Regime e a Revolução Francesa, de 1856 - é considerada pelos críticos a melhor análise sobre a Revolução em França. Tocqueville começa essa obra estudando as características da sociedade francesa no período que antecedeu a Revolução e se propõe a responder a uma série de questões nos dois terços finais do livro, que foram publicados postumamente. Entre elas, se destacam:
· Porque o feudalismo se tornou mais detestado na França do que em
qualquer outro país;
· porque um governo paternalista, como é chamado hoje, foi
praticado sob o ancien regime;
· como a França se tornou o país no qual os homens mais se parecem
uns com os outros;
· como o sentimento anti-religioso se espalhou e ganhou força na
França do século XVIII e a sua influência na natureza da Revolução;
· e como mudanças revolucionárias no sistema administrativo precederam a
revolução política e suas consequências.
Retirado do
site: http://www.institutoliberal.org.br/galeria_autor.asp?cdc=841
A partir dessas questões, faça uma breve pesquisa em seu computador
sobre as influências que proporcionaram a Revolução Francesa e as mudanças
ocorridas na França pós Revolução.
Feedback das aulas:
Agora ao término das aulas "A inserção dos artistas nas obras do Renascimento: A questão do individualismo” e "Revolução e cidadania" responda esse questionário disponível em:
http://pt.surveymonkey.com/s/CZY795M
Obs: As respostas devem ser enviadas via SMS de seus celulares.









Olá, moças, trabalho primoroso! Um ou outro acento faltando, parabéns!
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