segunda-feira, 27 de maio de 2013

GRUPO ARS (Aline Furtunato, Regina Meireles, Silvia Domingos) Aulas: Tema 1 e 2

INTRODUÇÃO

As aulas do Grupo ARS (Aline, Regina e Sílvia) tem o intuito de trazer para a discussão a questão da inserção dos artistas nas obras do Renascimento (questão do individualismo); serão elaboradas 3 aulas com essa finalidade, sendo 2 aulas com conteúdo e uma reservada para atividades. Em um segundo momento, estudaremos um pouco sobre a Revolução Francesa, a questão da ampliação da cidadania a um conjunto maior de indivíduos; este tema será tratado em duas aulas e a terceira aula será reservada, também, para atividades. 

PLANO DE AULA 

Tópicos de História Moderna
Profª Drª: Maria Renata Da Cruz Duran
Alunas: Regina Meireles, Silvia Domingos, Aline Furtunato.
Turno: Noturno

Plano de Aula

1) Recorte das aulas:

Tema 1: A inserção dos artistas nas obras do Renascimento: A questão do individualismo.
Tema 2: Revolução e cidadania.

2) Fontes:     

  Conforme Peter Burke, no Renascimento, diferentemente na época Contemporânea, os artistas agiam dentro de certos limites a eles impostos. O documentário “A Catedral de Florença” aponta que os artistas imprimiam nas suas artes suas marcas e sua expressão, chegando a se auto retratar. Esse individualismo artístico estava inserido num contexto social de mudança, no qual, apesar de possuir elementos únicos para cada artista, representava uma contraposição a arte medieval e ao seus valores. Já em relação a Revolução Francesa, o conceito de cidadão será mais valorizado pois, a partir da crença na capacidade humana e na possibilidade de mudanças que a Revolução Francesa eclodirá no século XVIII, revolucionando a sociedade, quebrando com antigas divisões sociais e estabelecendo uma nova situação para a França e para o mundo. Esse tema será abordado a partir do pensamento de Alexis Tocqueville em "O Antigo Regime e a Revolução".

3) Fontes imagéticas de: 

Tema 1: Artistas do Renascimento. As obras principais a serem abordas serão de Leonardo da Vinci disponíveis em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci

Tema 2:  Imagens elucidando as causas da Revolução.
http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

4) Previsão de aulas ministradas:     

Previsão de 3 aulas de 2 horas para o primeiro tema "A inserção dos artistas nas obras do Renascimento: A questão do individualismo" ministradas para turmas de aproximadamente 14 anos do 8 ano. Previsão de 3 aulas também para a aula 2 com tema "Revolução e cidadania" para as mesmas turmas.

5) Para quê?

 Como uma das metas do PCN é trabalhar com a questão da cidadania, “posicionando-se diante dos fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado” (PCN, p.136, 2006), acreditamos ser necessário abordar com os alunos outras temporalidades que, neste caso, é a sociedade italiana do Renascimento, suas manifestações artísticas inseridas num contexto social específico. Na sociedade italiana do século XVI, é cunhado aos poucos o cidadão ideal, cujo esforço individual pode leva-lo ao êxito e a perfeição; há o surgimento, tímido ainda, da razão transformadora. É nesse sentido que pretendemos trabalhar com as imagens do renascimento. Já em relação ao tema 2, a partir da obra de Tocqueville, que para o autor "Distantes da Revolução o bastante para sentirmos apenas francamente as paixões que turvavam a visão dos que a fizeram, estamos bastante próximos dela para podermos entrar no espírito que a conduziu e para compreende-lo. Em breve isso ficará difícil, pois as grandes revoluções que são bem sucedidas, fazendo desaparecer as causas que as produziram, tornam-se assim incompreensíveis justamente por causa de seu sucesso." (TOCQUEVILLE, p.07,2009) Trabalharemos a questão da cidadania principalmente pensando no papel do cidadão francês na sociedade naquele período, e como foi a participação desse cidadão e as causas que geraram o surgimento dessa Revolução.

6)  Recursos: 


Tema 1: Será trabalhado com imagens de Leonardo da Vinci e um trecho do documentário “A Catedral de Florença” se for possível estar em posse do documentário, caso contrário, será utilizado vídeos sobre o Renascimento retirados do Youtube.

Tema 2: Será trabalhado com imagens representando as causas da Revolução, retiradas de blogs sobre o tema e pelo wikipédia.

7) Suporte:

O suporte será um blog principal, no qual, será disponibilizado o conteúdo das aulas, será utilizado blogs com temas da aula, na busca de imagens etc, também utilizaremos celulares para responder um questionário disponível via internet.

8) Avaliação: 

 As avaliações serão feitas a partir de trabalhos com análise de imagem feita em sala junto aos alunos, produção de uma redação sobre o que eles podem identificar a partir das imagens a luz do que foi trabalhado em sala de aula, pesquisa sobre as influências que proporcionaram a Revolução Francesa e as mudanças ocorridas na França pós Revolução e por fim os alunos deverão responder via SMS um questionário sobre as aulas ministradas que estará disponível via internet. As questões do questionário serão retiradas do banco de questões de História do portal http://professor.bio.br, com questões de vestibular, para que os alunos já possam estar em contato com esse tipo de avaliação. 


Bibliografia: 

Parâmetros Curriculares Nacionais, 2006.

BURKE, Peter. Renascimento Italiano: cultura e sociedade na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.

TOQUEVILLE, Alexis de. O antigo Regime e a Revolução. São Paulo: Editora WMF -Martins Fontes,2009.

PELLEGRINI, M.C. Vontade de saber História. São Paulo: FTD, 2009.

DOMINGUES, J.E. História em Documento: imagem e texto. São Paulo: FTD,2010.

Sites:

http://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/03/arte-na-idade-media.html

http://pnspscohab.blogspot.com.br/2013/03/a-virgem-da-paixao.html

http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal


Para o questionário: 

http://professor.bio.br/historia/search.asp?search=renascimento&submit.x=-360&submit.y=-558&submit=Buscar+quest%F5es

http://professor.bio.br/historia/search.asp?search=O+Antigo+Regime+e+a+Revolu%E7%E3o+Francesa


AULAS RENASCIMENTO

 1) Olá, galerinha! Vamos iniciar nossas atividades apresentando para vocês um pouquinho sobre o Renascimento. Nessa primeira aula, vamos assistir um vídeo que aborda as artes desse período e a questão do individualismo nascente.

  Conforme o historiador Peter Burke, no Renascimento, diferentemente da época Contemporânea, os artistas agiam dentro de certos limites a eles impostos; todavia, não deixavam de imprimir em suas artes expressões individuais, sendo que essas expressões estavam inseridas num contexto social de mudança, em que antigos valores e padrões medievais ditados pelo sistema religioso eram postos de lado. Nesse sentido, surge o homem renascentista que quebra, em parte, com essa tradição. Embora as artes ainda sejam voltadas preponderantemente para temáticas religiosas, há a apropriação dos modelos da Antiguidade clássica que dão corpo às suas ideias.  


Retirado do site: http://www.youtube.com/watch?v=slOvjQi-Lps

    Como o vídeo apresenta, a Itália não existia como "[...] uma unidade social nem cultural, embora o conceito de Itália existisse [...]". Isso quer dizer que nessa sociedade as cidades se organizavam de forma autônoma, ou seja, cada cidade tinha uma organização político-administrativa independente das demais. Dentre essas cidades, destacam-se Gênova, Veneza e Florença. Foram estas cidades que desempenharam a liderança na revolução comercial. Essa revolução favoreceu o surgimento de uma transformação cultural que, embora empregasse modelos antigos (baseados na Antiguidade Clássica), expressava a incorporação do individualismo nas artes.

2) Renascimento- Uma arte renovada

                            Segundo o historiador Peter Burke, o objetivo de estudar o Renascimento é colocar as artes (pintura, escultura, música, literatura) em seu ambiente original, ou seja, a sociedade italiana daquele tempo. Para isso, esse nosso autor cita características das artes nesse momento.      
Como já vimos na aula 1, os artistas desse período denominado Renascimento romperam com a arte medieval utilizando novas técnicas e um novo estilo. No entanto, não se pode pensar que os artistas romperam com o passado, pois é nele que se busca inspiração para esse novo modelo, por isso Burke não utiliza o termo “florescimento cultural”, mas o autor propõe investigar a inovação dessa arte Renovada. Exemplo dessa inovação:

       

                       A Virgem da Paixão
Retirado de: http://pnspscohab.blogspot.com.br/2013/03/a-virgem-da-paixao.html 


Dentre as novas características que passaram a reger as artes renascentistas encontram-se o individualismo que se pautava na ideia de que cada um é responsável pela condução da sua vida e essa característica do homem renascentista estava ligada a seu estilo de produção nas artes, seja este artista pintor, escultor, músico. 
Um dos maiores artistas da Renascença foi Miguel Ângelo, pintor e escultor; este não tinha pressa em acabar sua estátuas, levava a trabalhar nelas o tempo que fosse preciso, até satisfazer a si próprio, mas também quando finalizava sua obra era grande admiração de todos.
        David (Michelangelo)

Retirado: http://pt.wikipedia.org/wiki/David_(Michelangelo)

Este artista esculpia diretamente no mármore, pois para ele, quando trabalhava, dava ideia de que tinha dentro do mármore uma figura e ele ia descascando a pedra até deixar essa figura a mostra. O individualismo do artista renascentista procurava se expressar em antítese do coletivismo da sociedade feudal (retratada nas obras de artes desse período), por isso é tão comum a presença de personagens individuais nas obras desses artistas do renascimento.
Este individualismo renascentista se caracterizava na afirmação do artista como criador individual de sua obra de arte, sendo assim, esse artista podia assinar suas obras o que tornava-os reconhecidos.
Com essa aula aprendemos que a obra de arte o Renascimento é diferente daquela produzida na Idade Média, pois era produzida em estilo pessoal. É importante destacar que neste período tanto os artistas como o público consumidor dessa arte, estavam interessados em estilos individuais. Segundo Peter Burke, aos pintores dessa nova arte ficava o conselho de buscar um bom estilo que fosse ideal para os artistas, também era propagado a ideia de ser perfeito neste próprio estilo.



 3) ATIVIDADE

Recapitulando: 

Vale a pena lembrar que a arte na Idade Média era voltada para temas religiosos. Como podemos ler no blog da Fabiana: "Durante a idade medieval (séculos V-XIV) a arte se caracterizou pela integração da pintura, escultura e arquitetura. Nesse período, a igreja católica exerceu forte controle sobre a produção científica e cultural concretizando uma ligação entre a produção artística com o cristianismo. Isto proporcionou a predominância dos temas religiosos nas artes plásticas, na literatura, na música, na arquitetura e no teatro. O imaginário dessa época esteve sempre voltado para o teocentrismo (Deus como centro de tudo).

As artes que mais se destacaram na Idade Média foram as artes plásticas: arquitetura, pintura e escultura. Suas principais realizações foram as igrejas, podendo-se distinguir, nelas, dois estilos básicos: o românico e gótico."
Retirado do site: http://fabianaeaarte.blogspot.com.br/2012/03/arte-na-idade-media.html




Imagem1:






Imagem retirada do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci 

Falamos um pouco dessa arte medieval para servir de contraponto (comparação) com a arte Renascentista; esta arte desloca a posição de Deus e este passa a ser visto a partir da perspectiva do homem. 
Na sociedade italiana do século XVI, é cunhado aos poucos o cidadão ideal, cujo esforço individual pode leva-lo ao êxito e a perfeição; há o surgimento, tímido ainda, da razão transformadora. É nesse sentido que trabalharemos alguns artistas do renascimento, lembrando que essa seleção é apenas uma das possíveis e que existiram outros artistas fora os aqui apresentados.

1) De acordo com as aulas anteriormente dadas, destaque nas imagens a seguir elementos de transição da arte medieval para a arte Renascentista e discorra de que forma essas artes são a expressão da mudança de mentalidade da época, que passa do teocentrismo para o antropocentrismo.




















Imagens retiradas do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pinturas_de_Leonardo_da_Vinci



AULAS REVOLUÇÃO FRANCESA

Revolução e Cidadania

1)   Como abordado na aula 2 sobre o Renascimento, o cidadão que surgirá após a Revolução Francesa será cunhado desde o século XVI, quando o individualismo surge no seio da comunidade, deslocando a posição de Deus e colocando no lugar deste o ser humano e sua nova crença: a razão.

É a partir da crença na capacidade humana e na possibilidade de mudanças que a Revolução Francesa eclodirá no século XVIII, revolucionando a sociedade, quebrando com antigas divisões sociais e estabelecendo uma nova situação para a França e para o mundo.
Nessa aula iremos trabalhar a Revolução Francesa a partir de Tocqueville. Nascido 16 anos após a Revolução Francesa, em Paris no dia 29 de Julho de 1805, Alexis Charles Henri Maurice Clérel de Tocqueville, viveu o período pós Revolução Francesa. A sua infância transcorreu sobre as vicissitudes de Napoleão Bonaparte. Tocqueville assistiu à restauração da monarquia sob Luís XVIII e Carlos X e a subsequente derrubada por Luís Felipe. Quase 11 anos antes de sua morte, Tocqueville presenciou a Revolução de 1848 e a Segunda República com Luís Napoleão presidente, assistindo também o golpe de Estado no qual, Napoleão se fez Napoleão III, morrendo em Cannes em 16 de Abril de 1859. Essas informações se tornam importantes para compreender suas obras.
De acordo com Tocqueville, que utilizou uma vasta documentação sobre o Antigo Regime como, por exemplo, cadernos de queixas, livros, arquivos públicos, etc., para visualizar as reivindicações, posições e desejos dos diferentes sujeitos sociais da França, a Revolução Francesa foi possível devido à mentalidade da época e ao enfraquecimento de antigas instituições.
Para o autor acima, houve duas causas principais da Revolução, sendo uma delas a filosofia do século XVIII, que legou um novo corpo de crenças sobre a ordem social e seu funcionamento (crença na igualdade natural entre os homens, abolição dos privilégios de castas, classes, profissões, soberania do povo, etc) e combateu os privilégios religiosos e o poder deste no seio da sociedade.
Para Tocqueville, a Revolução Francesa teve as mesmas características de uma revolução religiosa, porque utilizou dos mesmos mecanismos, tais como:  a expansão para longe e a penetração pela pregação e pela propaganda:

     "A Revolução Francesa é portanto uma revolução política que operou à maneira e em certo sentido assumiu o aspecto de uma revolução religiosa. Vede quais traços particulares e característicos completam sua semelhança com estas: não apenas se espalha para longe, como elas; também penetra pela pregação e pela propaganda. Uma revolução política que inspira o proselitismo; que os franceses pregam tão ardorosamente para os estrangeiros quanto realizam com paixão em seu próprio pais [...]" (TOCQUEVILLE, p.14, 2009)

Pensando no que foi dito acima, podemos entender os investimentos da época em pinturas com novos discursos, tirando do centro das mesmas as referências ao poder absoluto do rei e a religião. Ver a pintura a seguir:





O Rapto das Sabinas, porJacques-Louis David, entre 1796 e 1799, óleo sobre tela, 330 × 425 cm,LouvreParis.
Retirado do site:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_neoclassicismo

Ainda no site acima podemos ver a explicação dessa mudança

"As alterações políticas da época, nomeadamente o término do absolutismo e a chegada da Revolução Francesa, levam a uma necessidade geral de ruptura com o passado próximo e com a sua estética associada, o barroco. Também a nova prioridade dada ao racionalismo e ao novo modo de percepção do mundo, que emerge com o Iluminismo, abala a fé religiosa e relega para segundo plano as temáticas artísticas relacionadas com o espiritual. Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma Antiga), temas do cotidiano e ainda mitológicos."

2) Caro aluno navegante, é importante ressaltar que esta aula deve-se articular com o estudo da revolução francesa em si, não é o objetivo desta aula expor todo o conteúdo da Revolução Francesa, pois não nos ateremos em trabalha-la como um todo, mas estudar o pensamento de Alex Tocqueville sobre a mesma em sua obra “O Antigo Regime”.

O Antigo Regime

É importante compreender que esta obra “O Antigo Regime” é um livro de Tocqueville publicado em 1856, em que o autor analisa a sociedade francesa e investiga as causas e forças dessa Revolução.
O autor deixa claro que este livro não é uma história da revolução, mas um estudo sobre a mesma. Veremos que este estudo proporciona enxergar a revolução como num evento histórico onde a noção de cidadania é implantada em meio daquela sociedade.
No processo da construção da cidadania, a revolução francesa teve um papel importante, pois os 17 artigos que compunham a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, que asseguram uma série de direitos civis (liberdade, segurança, direito a propriedade etc), é pensada primeiramente nesse evento e perdura até os dias de hoje.
A começar, em sua obra o Antigo Regime, Tocqueville afirma que a administração pública era muito centralizada, muito poderosa e prodigiosamente ativa (Tocqueville p.XVIII). Para Tocqueville, a Revolução francesa visava destruir as bases feudalistas que ainda perdurava nessa sociedade, essa era a questão principal da revolução para este autor, no entanto ainda justifica a revolução a tentativa de centralizar o poder em Paris, consequentemente o desprezo a outras províncias, e a guerra contra a Igreja Católica.


"camponês sendo esmagados pelos impostos e pelo clero na revolução francesa"

Imagem retirada do site: http://hid0141.blogspot.com.br/2012/05/revolucao-francesa-1789-1799.html

O centralismo chamado de despótico concentrado nas mãos dos monarcas absolutistas era a característica dessa sociedade que ainda era dividida por em Estados, ordens ou estamentos. Essa demasiada centralização nas mãos do monarca e da nobreza incita a revolução francesa. Governados em nome de Deus (na verdade o rei governava em nome dos ricos e da nobreza), os reis franceses detinham enormes poderes, podiam conceder privilégios a quem quisesse, controlava a justiça e perseguiam seus opositores.
Sendo assim, o resto da população não tinha direitos de deliberar nessa sociedade, ficando excluída de participação, a única forma que estes eram lembrados pelo soberano era na hora de pagar os pesados impostos que nesse período estavam elevadíssimos devido à dívidas contraídas pelo estado Frances.
Dentre os monarcas que mais contraíram dívida destaca-se a figura do rei Luís XIV, que deixou o reino exaurido em termos financeiros e como consequências ficam os inúmeros problemas nos reinados de Luis XV e Luis XVI. Em 1787, prestes ao acontecimento da Revolução a França estava endividada, pois as despesas com as guerras, a isenção dos impostos fiscais as ordens privilegiadas e os gastos exagerados na Corte do rei Luís XVI(que para atender aos caprichos da esposa Maria Antonieta que não media esforços para sustentar lhe os luxos) forma os principais fatores que contribuíram para a falência do estado.

                                                     
   
                                                       Execução de Luís XVI

Imagem retirada do site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

Os monarcas franceses se fundamentavam na teoria de que eram escolhidos por direito divino, ou seja, escolhidos por Deus e se sentiam na liberdade de não prestarem contas de nenhum de seus atos aos seus súditos o que provocava sobremaneira o descontentamento da população e dos pensadores, que na época já tinham em mente um novo sistema político para a França, sendo que o ideal era desmantelar a monarquia para que esta nova proposta fosse posta em prática, além disso, a incapacidade de administração política dos monarcas era um problema que tinha que ser exterminado por uma nova ordem política.
O clima de insatisfação agravado pela postura política e econômica do Antigo Regime, e a extrema desigualdade social percebida pelo povo funciona como antecedentes da Revolução Francesa. Sendo assim, a própria França cria condições para a eclosão da Revolução realizada pelos desfavorecidos dessa sociedade.

                                                      O despertar do terceiro estado

Imagem retirada do site: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=32067

Diante dessa premissa, para Tocqueville a Centralização concentrada nas mãos dos monarcas franceses foi a principal causa da revolta na população francesa que com a Revolução clamavam pela participação como cidadãos com direitos na Sociedade. O fato de não compactuarem politicamente nesse sistema e as pesadas obrigações tributárias a eles impostas foram as principais causas de que estes rebelassem contra esse Centralismo e se posicionassem para lutar pelos seus direitos de cidadania que na Revolução francesa teve o lema “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”.

3) ATIVIDADE

                            A obra de Tocqueville - O Antigo Regime e a Revolução Francesa, de 1856 - é considerada pelos críticos a melhor análise sobre a Revolução em França. Tocqueville começa essa obra estudando as características da sociedade francesa no período que antecedeu a Revolução e se propõe a responder a uma série de questões nos dois terços finais do livro, que foram publicados postumamente. Entre elas, se destacam:

· Porque o feudalismo se tornou mais detestado na França do que em qualquer outro país;

· porque um governo paternalista, como é chamado hoje, foi praticado sob o ancien regime;

· como a França se tornou o país no qual os homens mais se parecem uns com os outros;

· como o sentimento anti-religioso se espalhou e ganhou força na França do século XVIII e a sua influência na natureza da Revolução;

· e como mudanças revolucionárias no sistema administrativo precederam a revolução política e suas consequências.

Retirado do site: http://www.institutoliberal.org.br/galeria_autor.asp?cdc=841

                     A partir dessas questões, faça uma breve pesquisa em seu computador sobre as influências que proporcionaram a Revolução Francesa e as mudanças ocorridas na França pós Revolução.

Feedback das aulas:

                        Agora ao término das aulas "A inserção dos artistas nas obras do Renascimento: A questão do individualismo” e "Revolução e cidadania" responda esse questionário disponível em:

http://pt.surveymonkey.com/s/CZY795M

Obs: As respostas devem ser enviadas via SMS de seus celulares.




Um comentário:

  1. Olá, moças, trabalho primoroso! Um ou outro acento faltando, parabéns!

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